quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Meia-noite 25/11/2008


Elemento fogo


O Poeta



O Pensador (francês: Le Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna.
Originalmente chamado de O Poeta, a peça era parte de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris para criar um portal monumental baseada na Divina Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas na peça representavam um dos personagens principais do poema épico. O Pensador originalmente procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, ponderando seu grande poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heróica à la Michelangelo para representar o pensamento assim como a poesia.




A Poesia



A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético.
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.





Ah, mulher, por que insiste em adiar a consumação à beira do rio? Não me diga que cria ser manso o deitar-se no leito frio. Não te disse? Não me diga. Se viver é tal tormenta, de que tal sorte seria a morte boa e lenta? Tantos por tantas vezes se repetiram - É um fogo...
E outra maneira não há de se viver por amor e outra receita não há de se padecer do mesmo ardor, felizmente.
Não digo feliz de contente, mas enfim, o gôzo fremente, desprovido da estúpida obrigação de pedir perdão pelo pecado da carne. Cometido com muito gosto, ainda que tarde.
De onde tiraste a idéia louca que ao acometido pela loucura da paixão cabem penitências que não a própria fruição do prazer carnal?
O amante é infernal - rubro e devasso e asceta. Mas, acima de tudo, é um anjo o poeta.
Deus lhe preserva louros e o louva pela tamanha bravura de se nomear sua imagem e semelhança.
Quanta coragem abrubta para plantar flores em pedra bruta. Pouco importa se pouco se colhe do muito que se intenta. E se flores não colhe, inventa. O poeta é artista da desdita. Tudo é proveito... Daquela pobre pedra de areia dura faz escultura, formas lindas de deleite. Ou seja, dá matéria à alma desnuda para desnudar também a sua.
Em matéria de amor, o poeta é vida porque cria perfeito o que abjeto evita. Objeto antes sem vida – pó.
Daí que Deus e poeta são um só.
Aluísio Martins


Punk:

Para A.G., em recepção

Punk: uma porrada, que se dá preparando-se para levar outra

Punk: uma recusa, que afirma a vontade não ser o que aí está

Punk: um desprezo filosoficamente kínico pela ilusão de verdade e segurança das convenções

Punk: um modo outro, mais exigente, de amor


Baby I’m real (love, fuck & bye-bye)

Para A.C., de despedida.

Baby I’m real
Peido, escarro
Arroto, mijo
E te beijo, lambo, chupo
Trepo, amo.
Sou real
Punk é real
E nem sou punk
Love, fuck
& bye-bye.


p.s.: Obrigado(a)

Obrigado,
Ao se libertar,
obrigada
Você nos libertou.

Willis Santiago Guerra Filho

Coalboaradores: foto (Nicolas Gondim), poesias (Aluísio Martins e Willis Guerra)