quinta-feira, 27 de novembro de 2008

RETALHOS DE LÍNGUAS NERVOSAS - PARTE 2



Mais um dia de leitura na varanda. Mas já com a expectativa, das línguas do cotidiano, com seus julgamentos e puritanismos das coisas que são só dos seus vizinhos, que não me faz querer saber, mas que com a extensão vocal tão peculiar dos cearenses, ecoam na rede onde leio aqui em cima. Tornando minha leitura, menos contemplativa e mais urbana, brejeira e cheia de ruídos de palavras que forçosamente ouço.
TERÇA – 25/11/2008- 13: 00h
Leitura na rede: E o mundo silenciou de Bem Abrahan

Prólogo

“(...) Dos primeiros dias de setembro de 193 até 2 de maio de 145, experimentei a fome, as torturas e a humilhação imposta aos judeus pela horda nazista(...).” (pág.11)

Ruídos das comadres:
“inferno”, “minha namorada”, “chifre”

“(...)a tal ponto que os crimes cometidos pelos seus integrantes assombrariam aqueles cometidos pelos unos, vândalos e outros tantos bárbaros da humanidades. (pág.11)

Ruídos das comadres

“Guaramiranga”, “férias”, “R$800,00”

Capítulo 1

“(...) Os mais otimistas diziam que entro de 3 dias estaríamos em Berlim comemorando a nossa vitória” (pág.16)

Ruídos das comadres
“gazeando aula”, “namorar”, “safado véi”

“(...) Para os meus avós maternos eu não passava de um “schajartz” que nem sabia falar Lidiche” (pág.17)

Ruídos das comadres

“ almoço”, “feijão no fogo”, “carne”, “coleio”

“ (...) O choro das crianças parecia uma cantinela truncada no meio daquela imensa multidão silenciosa.” (pág. 20)


Ruídos das comadres

“ ta bem”, “ele é bom”, “ faz faculdade”, “é bonitnho”

Parada da leitura: 13: 50

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